A autoridade que o site acredita ter, mas não tem, vem por terra quando comete o mesmo tipo de ato que tenta difamar, seja ele um erro, descuido, gafe ou qualquer outro nome que queiram dar.
Esse comportamento revela que ainda existem pessoas com a crença de que só existe "certo" e "errado" no campo das ciências humanas. Esse olhar reducionista compromete toda a sociedade, inclusive o uso e aprendizado da língua. É a pobreza e a maldade do maniqueísmo.
A ignorância sobre o assunto e a incapacidade de reflexão é tão grande que o autor da matéria se apóia em métodos retrógrados e não consegue se enxergar no contexto que abordou:
1 - Decorar??? Só alguém perdido no tempo é capaz de argumentar a decoreba como forma de aprendizado. Aprender de cor é coisa do passado. A memória fixa a informação quando ela vem associada a um momento de prazer (ou choque). Ler um folheto com as novas regras não proporciona prazer, não fixa a informação. O processo, então, se torna paulatino e todos aprenderemos, e empregaremos, as novas regras aos poucos. E existe tempo pra isso!
2 - Ambas as formas coexistirão até 31 de dezembro de 2015. O autor citou isso e, ainda assim, usou o termo "errado". É muita falta de atenção!
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Entidades sérias e realmente ligadas à língua, como a ABL, IC, CPLP, ACL, EFNIL, ILTEC e até dicionários online, divulgam o Acordo Ortográfico, ACORDO!
4 - Reforça a enganosa idéia de que a tal rede social virtual é um espaço que não admite erro, esquecimento ou gafe. Isso é manipular o caráter de uma rede através da intolerância.
Se a rede se propõe social, ela precisa amparar o que é próprio da sociedade. A dinâmica da produção e publicação desse tipo de mensagem se aproxima da fala e, assim, leva as características da fala para a escrita. Isso ocorre também em outros gênero textuais. No entanto, creio eu, merece atenção e revisão.
5 - Se se quer corrigir algo ou alguém é preciso apontar o erro, inexistente nesse caso.
Tomar algo como erro só é possível depois de contextualizá-lo. Desse ponto de vista, a página que errar ao tentar apontar erro dá um tiro no próprio pé, é mais danosa à sociedade do que a mensagem da presidenta, pois o desatento que criou o texto da matéria teve tempo para consultar fontes ao produzi-lo e, conseqüentemente, se informar melhor.
Linguisticamente, a presidenta se revelou mais competente do que o suposto juiz.
Mas... PIG que é PIG se preocupa apenas com o extremismo: “certo” e “errado”.
Abraço!