Achei esse vídeo um pouco suspeito por estar sendo veiculado na emetevê, mas muito bom. Ele é sucinto e objetivo. Seu conteúdo me fez lembrar o filme Zeitgeist.
domingo, 5 de setembro de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Ignorância sociolinguística
Recebi um “vídeo” que tenta manchar a imagem de uma pessoa pelo simples fato de ela não saber falar inglês.
Infelizmente a intolerância e o espírito de deboche permeiam a maior parte das mentes humanas, ao invés da reflexão e da busca de entendimento sobre certos fenômenos sociais.
A começar pelo título "Sua empregada fala inglês?", pode-se percebe que parece existir a necessidade de a empregada (doméstica, no caso) saber falar inglês.
Suponho que uma estrangeira (australiana) ligou para o Brasil, pois é pouco provável que a patroa tenha levado uma empregada brasileira, que não fala inglês, para o exterior.
Se a empregada não precisa saber inglês, o problema é da estrangeira. Se precisa, a patroa falhou na admissão!
Que tal uma outra pergunta para o começo do vídeo? Por exemplo: "Sua empregada brasileira, no Brasil, fala inglês?". Afinal, o contexto diz tudo!
Ou seja, quem produziu o "vídeo" se revela, no mínimo, preconceituoso e debochado.
Será que a estrangeira, que liga para o Brasil, sabe o básico, em português, para tornar seu telefonema eficaz?
Creio que prever situações desse tipo é o mínimo que um estrangeiro deve fazer, pois não se trata de ligar para uma empresa (que normalmente tem secretária bilingue).
O que você faria se ligasse para uma amiga no exterior e uma empregada atendesse falando alemão?
Creio que, por não ter obtido sucesso no começo da conversa, a australiana deveria ter desligado, aprendido 3 ou 4 frases em português e ligado novamente.
Simples, rápido e com mais chance de obter sucesso.
A entonação revela muito nesse caso.
A empregada é extremamente eficaz (profissionalmente) e totalmente competente (linguisticamente) ao responder a primeira pergunta. A pronúncia da australiana permite entender o nome da pessoa procurada e a entonação que ela dá permite entender que se trata de uma pergunta. Intuitivamente, a empregada responde o esperado.
É claro que as falhas de comunicação só aumentam desse ponto em diante. Por motivos óbvios.
Adequadas ou não, exatas ou não, coincidentes ou não, as perguntas são respondidas, as perguntas em inglês são respondidas em português. A troca de frases (que não cria um diálogo) se estende por compatibilidade conversacional: entonações próprias de perguntas e respostas progridem, mas a comunicação não se realiza.
O esforço pela compreensão mútua também é plausível, pois duas falantes tentam se entender falando idiomas diferentes.
Aliás, esse episódio só faz sentido para quem entende português e inglês. Imagine-se totalmente ignorante num dos idiomas, ou nos dois, e ouvido essa "conversa". Ela não fará o menor sentido.
Ao invés de se buscar conhecimento sobre os vários âmbitos que envolve essa cena e promover uma discussão sadia, muitos internautas preferem tentar difamar e fazer outros rirem de algo que não tem a menor graça.
É a eterna consequência da falta de conhecimento sobre o assunto e do pseudo-direito de julgar e condenar a partir da dualidade maniqueísta.
Abraço!
Infelizmente a intolerância e o espírito de deboche permeiam a maior parte das mentes humanas, ao invés da reflexão e da busca de entendimento sobre certos fenômenos sociais.
A começar pelo título "Sua empregada fala inglês?", pode-se percebe que parece existir a necessidade de a empregada (doméstica, no caso) saber falar inglês.
Suponho que uma estrangeira (australiana) ligou para o Brasil, pois é pouco provável que a patroa tenha levado uma empregada brasileira, que não fala inglês, para o exterior.
Se a empregada não precisa saber inglês, o problema é da estrangeira. Se precisa, a patroa falhou na admissão!
Que tal uma outra pergunta para o começo do vídeo? Por exemplo: "Sua empregada brasileira, no Brasil, fala inglês?". Afinal, o contexto diz tudo!
Ou seja, quem produziu o "vídeo" se revela, no mínimo, preconceituoso e debochado.
Será que a estrangeira, que liga para o Brasil, sabe o básico, em português, para tornar seu telefonema eficaz?
Creio que prever situações desse tipo é o mínimo que um estrangeiro deve fazer, pois não se trata de ligar para uma empresa (que normalmente tem secretária bilingue).
O que você faria se ligasse para uma amiga no exterior e uma empregada atendesse falando alemão?
Creio que, por não ter obtido sucesso no começo da conversa, a australiana deveria ter desligado, aprendido 3 ou 4 frases em português e ligado novamente.
Simples, rápido e com mais chance de obter sucesso.
A entonação revela muito nesse caso.
A empregada é extremamente eficaz (profissionalmente) e totalmente competente (linguisticamente) ao responder a primeira pergunta. A pronúncia da australiana permite entender o nome da pessoa procurada e a entonação que ela dá permite entender que se trata de uma pergunta. Intuitivamente, a empregada responde o esperado.
É claro que as falhas de comunicação só aumentam desse ponto em diante. Por motivos óbvios.
Adequadas ou não, exatas ou não, coincidentes ou não, as perguntas são respondidas, as perguntas em inglês são respondidas em português. A troca de frases (que não cria um diálogo) se estende por compatibilidade conversacional: entonações próprias de perguntas e respostas progridem, mas a comunicação não se realiza.
O esforço pela compreensão mútua também é plausível, pois duas falantes tentam se entender falando idiomas diferentes.
Aliás, esse episódio só faz sentido para quem entende português e inglês. Imagine-se totalmente ignorante num dos idiomas, ou nos dois, e ouvido essa "conversa". Ela não fará o menor sentido.
Ao invés de se buscar conhecimento sobre os vários âmbitos que envolve essa cena e promover uma discussão sadia, muitos internautas preferem tentar difamar e fazer outros rirem de algo que não tem a menor graça.
É a eterna consequência da falta de conhecimento sobre o assunto e do pseudo-direito de julgar e condenar a partir da dualidade maniqueísta.
Abraço!
sábado, 8 de maio de 2010
Atentado terrorista?
A indústria cinematográfica dos estadunidenses está nas ruas. O governo arma essa cena toda para depois acusar quem for mais conveniente.
É engraçado como as notícias da AFP, EFE e Reuters andam sempre no mesmo passo, quer dizer, poderia ser engraçado se não fosse mais uma armação midiática para promover mais terrorismo.
Pode parecer pouco, mas arrisco dizer que a população que elegeu o Obama terá mais um pacote surpresa em breve, mais uma proibição, mais uma perda de liberdade, mais um âmbito da vida privada invadido.
Ato 1 - Cena 1 Vem com manual. :-)
Ato 1 - Cena 2 Vem com marmita.
Abraço!
É engraçado como as notícias da AFP, EFE e Reuters andam sempre no mesmo passo, quer dizer, poderia ser engraçado se não fosse mais uma armação midiática para promover mais terrorismo.
Pode parecer pouco, mas arrisco dizer que a população que elegeu o Obama terá mais um pacote surpresa em breve, mais uma proibição, mais uma perda de liberdade, mais um âmbito da vida privada invadido.
Ato 1 - Cena 1 Vem com manual. :-)
Ato 1 - Cena 2 Vem com marmita.
Abraço!
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Outras calamidades brasileiras
É delicada essa situação, ser brasileiro e ver a natureza, mundialmente alterada, se manifestar vigorosamente no Rio de Janeiro.
Sem querer ser adivinho, arrisco dizer que essa será mais uma oportunidade para o ser humano revelar sua tradicional ganância e falta de respeito pelo próximo. Creio que veremos também alguma inovação nessas práticas.
Os roubos, saques, desvios e congêneres ocorridos em 2008, em Santa Catarina, estão prestes a acontecer no RJ de agora em diante. Infelizmente.
"Voluntários e soldados do Exército foram flagrados pegando objetos" (S. Catarina - 2008)
A desgraça alheia se tornará, cada vez mais, oportunidade de negócio. A lei da oferta e da procura vai aquecer vários segmentos. Aqueles que não conseguirem explorar o próximo pelas leis do capitalismo, irão, possivelmente, roubar a provável futura doação de um cidadão de bem.
Os grandes veículos de comunicação não se cansam e nunca se cansarão de apelar para o sentimentalismo - cabível até certo ponto - e para o sensacionalismo - normalmente descabido.
"Chuva causa transtornos no Rio de Janeiro e faz vítimas." (R. de Janeiro - 2010)
Assim, em breve, teremos novos galpões armazenando dignas doações que deverão ser destinadas aos cidadãos atualmente em dificuldades, além de maltratados pelas atuais políticas públicas.
A falta de planejamento e de manutenção da cidade somadas às recentes chuvas excessivas levam a esse tipo pedido: "Prefeitura do Rio pede R$ 370 milhões ao governo federal para combater enchentes.". (R. de Janeiro - 2010)
Claro, a improbidade nos trouxe outra notícia: "Ex-prefeito César Maia consumiu cerca de R$ 670 milhões em casa de espetáculos", em obras desde 2002. (R. de Janeiro - 2010)
Além dos galpões, novas contas bancárias logo começarão a pocar para angariar mais um pouquinho dos salários tributados.
Para quem está de fora, passa a ser aflitivo ficar em dúvida se se deve colaborar ou não diante de uma catástrofe dessa, é ter a certeza de que faria algo muito bom a quem realmente está precisando, mas não sabe o que fazer diante de intermediários com históricos manchados e intenções duvidosas.
Aquele abraço!
Sem querer ser adivinho, arrisco dizer que essa será mais uma oportunidade para o ser humano revelar sua tradicional ganância e falta de respeito pelo próximo. Creio que veremos também alguma inovação nessas práticas.
Os roubos, saques, desvios e congêneres ocorridos em 2008, em Santa Catarina, estão prestes a acontecer no RJ de agora em diante. Infelizmente.
"Voluntários e soldados do Exército foram flagrados pegando objetos" (S. Catarina - 2008)
A desgraça alheia se tornará, cada vez mais, oportunidade de negócio. A lei da oferta e da procura vai aquecer vários segmentos. Aqueles que não conseguirem explorar o próximo pelas leis do capitalismo, irão, possivelmente, roubar a provável futura doação de um cidadão de bem.
Os grandes veículos de comunicação não se cansam e nunca se cansarão de apelar para o sentimentalismo - cabível até certo ponto - e para o sensacionalismo - normalmente descabido.
"Chuva causa transtornos no Rio de Janeiro e faz vítimas." (R. de Janeiro - 2010)
Assim, em breve, teremos novos galpões armazenando dignas doações que deverão ser destinadas aos cidadãos atualmente em dificuldades, além de maltratados pelas atuais políticas públicas.
A falta de planejamento e de manutenção da cidade somadas às recentes chuvas excessivas levam a esse tipo pedido: "Prefeitura do Rio pede R$ 370 milhões ao governo federal para combater enchentes.". (R. de Janeiro - 2010)
Claro, a improbidade nos trouxe outra notícia: "Ex-prefeito César Maia consumiu cerca de R$ 670 milhões em casa de espetáculos", em obras desde 2002. (R. de Janeiro - 2010)
Além dos galpões, novas contas bancárias logo começarão a pocar para angariar mais um pouquinho dos salários tributados.
Para quem está de fora, passa a ser aflitivo ficar em dúvida se se deve colaborar ou não diante de uma catástrofe dessa, é ter a certeza de que faria algo muito bom a quem realmente está precisando, mas não sabe o que fazer diante de intermediários com históricos manchados e intenções duvidosas.
Aquele abraço!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Reconstrução de um clássico
Depois de mais de oitenta anos, um trecho já esquecido por todos foi encontrado na Argentina e possibilitou a restauração do filme alemão "Metropolis".
(poster extraido da Wikipedia)
O trecho abaixo, com os devido créditos, mostra a transformação de Maria.
Cultura para todos é só discurso, disso já sabemos, só falta agora ele chegar às locadoras. Na Alemanha, a primeira exibição, durante o Festival de Cinema de Berlim, foi vista por aproximadamente seis mil pessoas.
(poster extraido da Wikipedia)
O trecho abaixo, com os devido créditos, mostra a transformação de Maria.
Cultura para todos é só discurso, disso já sabemos, só falta agora ele chegar às locadoras. Na Alemanha, a primeira exibição, durante o Festival de Cinema de Berlim, foi vista por aproximadamente seis mil pessoas.
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