Caro internauta, você já deve saber que eu não paro pra assistir TV, assim, pura e simplesmente, eu costumo me dedicar a momentos de prospecção das seqüências publicitárias televisivas. Acredita nisso?
Nem eu! :-)
Percebi numa dessas propagandas chatas – nas quais o apresentador fala alto e rápido para divulgar oito mil itens em trinta segundos – que um computador era anunciado com prestações muito atraentes, mas o texto com o número de prestações era minúsculo e exposto durante apenas alguns segundos, ou seja, um tremendo engodo. Além disso, um programa proprietário já vinha instalado no PC, um tal de não sei quê Starter Edition (na realidade eu sei). É a versão – acho que "aversão" é um termo mais adequado – limitadíssima de um sistema operacional que pode traumatizar imediatamente o usuário, que normalmente está comprando seu primeiro computador. Encontrei até um fórum na internet recomendando fugir desse sistema operacional.
Voltemos ao anúncio. A empresa é enorme, possui uma cadeia com mais de quinhentas lojas e tem uma logística muito eficaz, ela não terceirizar esse processo. Essa rede também é famosa por vender para pessoas de baixa renda, classe que, infelizmente, possui baixo grau de instrução. Ou seja, a empresa se empenha tanto em alguns aspectos, mas falha em outros, pois age de má-fé ao dificultar a leitura do número de prestações, não explica e nem traduz o nome do que está instalado no produto, ferindo vários direitos do consumidor. A estratégia é clara, ludibriar seu cliente, justamente aquele que está mais ansioso e menos preparado para a compra.
Será que precisamos de uma ação conjunta do Procon, Conar e Ministério da Justiça para acabar com essa desonestidade em certas propagandas brasileiras?
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