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quarta-feira, 27 de março de 2013

Postura monopolizadora, predatória e covarde!

"A Microsoft estaria dificultando a instalação do Linux. É a acusação apresentada pela Hispalinux – associação espanhola que representa usuários de softwares abertos – que está processando a empresa por truste.
A organização, que conta com mais de 8 mil membros, alega que a companhia dificulta a instalação do Linux em computadores com o Windows 8." (mais...)

Entendo que o computador pessoal (CP) é propriedade do consumidor e não do fabricante de sistema operacional (SO). Ter um CP e instalar outro SO para permitir dual boot é um direito de quem compra o CP.
Já basta a venda casada CP+SO, normalmente com um SO proprietário básico, que as lojas se recusam a desinstalar e dar o desconto referente a licença de uso.
O SO Linux representa a liberdade e isso incomoda os fabricantes de SO proprietário.
Se a honestidade permeasse o ato de venda, seria possível comprar um CP e, se o consumidor quisesse, o SO junto, pois o SO Linux é gratuito e a distribuição Ubuntu, por exemplo, funciona muito bem, principalmente se estiver bem complementada.
No entanto, o medo invade cabeças desonestas e condiciona um CP particular através de um SO proprietário nocivos para evitar a instalação de um SO livre e gratuito.

Abraço!

Matérias complementares:
É usuário Linux, mas veio Windows instalado? É possível pedir reembolso!
Linux X modo “secure boot” dos computadores feitos para o Windows 8

sexta-feira, 15 de março de 2013

Tradução livre


Já li várias vezes em jornais, impresso e virtual, a seguinte explicação para certas traduções: "em tradução livre...". Ou seja, a pessoa resolve escrever sobre um livro ou filme, por exemplo, porém dá uma titubeada na hora de assumir a tradução que fez.
Apenas por oposição ao termo, pensei: O que seria uma tradução escrava? (Talvez presa, agrilhoada ou em regime semi-aberto.)
Nos dicionários, entre outras acepções, livre significa sem obrigações; isento de restrições, controle ou limitações.
Sabemos que algumas traduções, nomes de filmes principalmente, fogem (um pouco) do campo linguístico e se apoiam no enredo ou em interesse comercial. Mesmo assim, não as vejo como livres. Cá, tenho minhas dúvidas.
Uma tradução é intrínseca a duas línguas e suas culturas, logo:
Livre de quê?
Da língua de origem? De responsabilidades ou de compromissos com o original?
Da língua de destino? Da preservação na equivalência discursiva que o processo exige?
Livre de quem?
Do autor? Do público, que deposita sua confiança na tradução?
Ou, viajando um pouco na maionese: Seria uma nova modalidade de tradução? Isto é, uma nova escola: “Hoje vamos aprender tradução livre”.
Creio que essa expressão serve mais como anúncio de isenção de responsabilidade do que liberdade (liber > livre) para traduzir algo que ainda não o foi "oficialmente", como pode ocorrer com títulos de filmes e livros que estão por chegar ao mercado.
Gosto de acreditar que a responsabilidade do tradutor precisa ser assumida inerentemente e, dessa maneira, publicar o que traduziu sem delongas.
Eis dois exemplos recentes de "liberdade":
"... relatório The Wealth Report 2013 ("Relatório da Riqueza 2013", em tradução livre)..."

Abraço e sucesso!